A primeira audiência de conciliação entre rodoviários e empresários, realizada na última sexta-feira (14) no Tribunal Regional do Trabalho do Maranhão (TRT-MA), não foi investigada em acordo. O encontro, conduzido pelo desembargador Luiz Cosmo, contou com a presença de representantes do Sindicato dos Rodoviários do Maranhão, do sindicato patronal, da MOB (empresa de transporte público) e da SMTT (Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito).
Diante da falta de consenso, a greve dos rodoviários, prevista para começar na segunda-feira (17), permanece confirmada. A paralisação deve impactar o transporte público em São Luís, afetando milhares de usuários que dependem do sistema para se deslocarem pela cidade.
Em nota oficial, o Sindicato dos Rodoviários do Maranhão informou que a paralisação na Grande Ilha está mantida para esta segunda-feira (17). A decisão foi tomada após a falta de acordo entre a categoria e os empresários do setor de transporte público durante a audiência de conciliação realizada no Tribunal Regional do Trabalho do Maranhão (TRT-MA) na última sexta-feira (14).

A entidade destacou os principais motivos que levaram à greve, entre eles a necessidade de reajuste salarial, melhoria nas condições de trabalho e garantia de direitos previdenciários. O Sindicato afirmou que as negociações com os empregadores não avançaram, deixando os rodoviários sem alternativa a não ser a paralisação.
A greve deve impactar o transporte público em São Luís e municípios da região metropolitana, afetando milhares de usuários que dependem do sistema para se deslocar. O Sindicato reforçou que a decisão foi tomada como último recurso, após esgotadas todas as tentativas de diálogo com os patrões.
A primeira audiência de conciliação realizada pelo TRT-MA, entre Rodoviários e empresários, aconteceu nesta sexta-feira (14). O encontro foi conduzido pelo Desembargador Luiz Cosmo. Estiveram presentes, representantes do Sindicato dos Rodoviários do Maranhão, do sindicato patronal, além da MOB e da SMTT.
Apesar da boa vontade da justiça do trabalho em tentar conciliar as partes, no sentido de evitar que a paralisação dos Rodoviários aconteça, mais uma vez, Rodoviários e empresários não chegaram a um entendimento. O SET, novamente, alegou não ter condições financeiras de atender as demandas dos trabalhadores e não apresentou uma contraproposta concreta.
Município e Estado também não chegaram a um consenso com os empresários, no sentido de acabar com o impasse. Após várias rodadas de negociação no decorrer do último mês de janeiro, além de duas audiências de mediação no MPT-MA, a conciliação no TRT-MA, também não alcançou o objetivo esperado. Diante da falta de acordo, a greve dos Rodoviários está mantida para a próxima segunda-feira (17).
“Agradeço a disponibilidade do Tribunal Regional do Trabalho do Maranhão em reunir Rodoviários e empresários para discutir a nossa Convenção Coletiva de Trabalho. Infelizmente, saímos dessa conciliação, mais uma vez, sem uma contraproposta. Diante dessa postura dos patrões, não nos resta outra alternativa, que não seja deflagrar a greve. O movimento está mantido e deve acontecer já nas primeiras horas de segunda-feira (17)”, afirma Marcelo Brito, Presidente do Sindicato dos Rodoviários do Maranhão.
Att: Ascom Sind. Rodoviários – MA
A Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes de São Luís (SMTT) divulgou uma nota oficial sobre a greve dos rodoviários, confirmada para esta segunda-feira (17). Em comunicado, a SMTT alertou para os possíveis impactos no sistema de transporte público da capital e orientou os usuários a se planejarem com antecedência.
A SMTT informou que está monitorando a situação e em contato com as empresas de transporte para minimizar os efeitos da paralisação. A secretaria também destacou que está à disposição para mediar diálogos entre as partes envolvidas, visando a retomada das negociações e a normalização do serviço.
Os usuários do transporte público foram orientados a buscar alternativas de deslocamento e acompanhar atualizações por meio dos canais oficiais da SMTT. A secretaria reforçou o compromisso de manter a população informada sobre eventuais mudanças no funcionamento do sistema. Veja a nota do SMTT na íntegra abaixo .
NOTA|SMTT
A Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) informa que o Município já obteve decisão liminar na Justiça do Trabalho determinando a manutenção de, no mínimo, 80% da frota de ônibus em circulação.
Dessa forma, todas as precauções estão sendo adotadas para garantir que a população não seja penalizada com a paralisação, decorrente do impasse entre as empresas consorciadas e o sindicato dos rodoviários.
Liminar Judicial
Na última quarta-feira (12), o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET) obteve uma liminar na Justiça determinando que 80% da frota do transporte coletivo da capital circular durante uma greve anunciada pelo Sindicato dos Rodoviários. A decisão judicial estabelece uma multa de R$ 100 mil por dia de paralisação em caso de descumprimento da determinação.
A ação judicial movida pela SET tem como objetivo garantir que a população não seja prejudicada com a paralisação dos transportes rodoviários, prevista para esta segunda-feira (17). A liminar busca garantir o funcionamento mínimo do sistema de transporte público, evitando transtornos para os milhares de usuários que dependem do serviço para se deslocarem pela cidade.
De acordo com Paulo Pires, diretor executivo do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET), o acionamento da Justiça para garantir a circulação de 80% da frota durante uma greve dos rodoviários é uma medida preventiva. O objetivo é proteger a população e as empresas de prejuízos causados pela paralisação do transporte público.
“A população não pode ser prejudicada por uma decisão dos trabalhadores rodoviários de parar a circulação dos ônibus, pois isso provoca prejuízos incalculáveis a toda a cidade. Sem ônibus, não funcionam o comércio, as escolas, as empresas prestadoras de serviços, órgãos públicos e outras atividades essenciais. A cidade não pode parar, então, recorremos à Justiça com o anúncio da greve pelos rodoviários para evitar tantos prejuízos”, explicou Paulo Pires.