Funcionários espancaram mulher acusada de furto. Justiça determinou indenização e penas de prisão
O Grupo Mateus e três funcionários da rede foram condenados por tortura contra uma cliente dentro de uma unidade do supermercado no bairro Araçagy, em São Luís. O caso ocorreu em julho de 2021, mas a sentença foi proferida em 2025, revelando cenas de violência e abuso que chocaram a população.
Jacqueline Debora Costa de Oliveira foi acusada de tentar furtar produtos no Mix Mateus e levada à força para uma sala restrita do supermercado. Lá, segundo a denúncia, ela foi espancada com pedaços de madeira por um vigilante, um gerente e uma funcionária. O espancamento só foi interrompido porque um policial à paisana que estava no local interveio.
A 1ª Vara Criminal e a 5ª Vara Cível de São Luís condenaram os três funcionários a três anos de prisão em regime aberto. Já o Grupo Mateus foi sentenciado a pagar uma indenização de apenas R$ 3 mil à vítima, valor considerado irrisório por Jacqueline, que já anunciou que irá recorrer da decisão.
Esse não é o único caso polêmico envolvendo a rede. Em 2024, o Grupo Mateus também foi condenado a pagar R$ 20 milhões por danos morais coletivos após seguranças amarrarem e agredirem uma cliente negra acusada de furto em Santa Inês. À época, o caso gerou protestos e intensos debates sobre racismo e violência em ambientes comerciais.
Com mais de 200 unidades espalhadas pelo país, o Grupo Mateus é uma das maiores redes varejistas do Brasil, mas os episódios de violência e violação de direitos humanos vêm manchando a imagem da empresa.